O Manifesto de Combate à Violência no Ambiente Doméstico
Hoje, dia oito de fevereiro de 2023, chega-nos a notícia de mais uma mulher que sofreu atos de violência doméstica alegadamente pelo seu companheiro, acabando por falecer devido às agressões de que foi alvo, durante a madrugada, na sua própria casa.
Nunca antes a sociedade civil foi tão evoluída e a informação tão veiculada e mesmo assim, todos os dias, nos chegam notícias sobre o flagelo de agressões brutais no seio dos nossos lares e em ambientes de família.
Mais uma mulher morreu em sua casa, na sua essência um espaço de segurança e de afeto.
Mais uma vez alguém perde a sua vida entre os seus pertences, entre o seu espaço de conforto e entre aquilo que deveria ser de respeito e de amor.
Mais uma vez uma pessoa morreu no seu contexto mais íntimo, no seu refúgio.
O flagelo da violência doméstica continua a manifestar-se em ataques ferozes na maior zona de proteção que um ser humano pode ter: o porto seguro da sua casa e das suas relações familiares.
No seguimento dos documentos das Nações Unidas sobre esta tipologia de crime, a UNA Portugal manifesta o seu repúdio por qualquer tipo de violência ocorrida em ambiente familiar e assume-se empenhada neste combate através de um papel ativo na sociedade civil.
Esta é uma questão de todos, porque abrange todos os que coabitam, sejam homens, mulheres, crianças ou idosos, sendo urgente refletir sobre as suas origens e agir na prevenção, nomeadamente, na educação dos mais “fortes”, à absoluta recusa do uso da violência como forma de lidar com conflitos.
É preciso que a Sociedade rejeite o comportamento violento, mesmo quando se não manifesta de forma física, e promova comportamentos de respeito e de diálogo, erradicando a violência verbal e física em todas as suas formas.
https://www.un.org/en/coronavirus/what-is-domestic-abuse
https://www.un.org/en/about-us/universal-declaration-of-human-rights
Presidente da UNA Portugal Isabel Neves | Mário Parra da Silva Secretário-Geral UNA Portugal |